Todas as noites ...

Data 23/07/2007 22:54:15 | Tópico: Poemas

Todas as noites
papoilas rubras de saudades
se despontam virgens e infinitas
em vagens de febres altas.

Todas as noites nos escolhos
os navios buscam degelos de rios antigos
no desabrigo da íris incandescente
… dos teus olhos, no mar aberto das ondas,
onde se forjam espadas mecânicas
hediondas, nos medos estropiados
na ponta dos teus dedos...

...prisioneiros.

Todas as noites, dos pomares os cheiros
dispersos sobre os colmes hirtos dos seios
no desabrigo meliante de flechas irrequietas
em celebração de alianças e promessas.

Todas as noites nas páginas pardas
de um diário, dorme um sonho
em sarcófago incendiário.



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