Só odeio-te muitas vezes

Data 13/04/2010 22:56:48 | Tópico: Poemas

O teu corpo quando anda nu
contorce-se todo por cima de mim
fode até não foder mais
Parece punhos fechados
a latejar nas têmporas.
Só quinze minutos
um quarto de hora
a acenar gestos mudos
a abrir a boca
a cuspir sílabas molhadas.
Formam palavras
gemidos
mentiras
Que foi treinando em silêncio
Nosso silêncio, diga-se
debaixo da pele
debaixo das penas do edredão
debaixo…dentro… por cima…lado…fora.

Ninguém irá culpar o teu corpo por o ter deixado entrar
Quanto mais ter oferecido o meu corpo e o pequeno-almoço.



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