
Peço perdão
Data 14/04/2010 13:59:34 | Tópico: Poemas
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Peço perdão… Por talvez, humano eu ter nascido E assim a imaculada perfeição Jamais preencher a maior parte de mim. Sim! Já quantas vezes, eu tenho sido surpreendido Por alguns actos irreflectidos que nasceram dentro de mim Dos quais, eu me envergonho por deles me ter servido. Mas de nada serve, nem nunca me servirá este meu pejo Pois a culpa está, em eu na verdade ter nascido assim Destinado a subverter os bons princípios do meu subalterno desejo
Peço perdão… (E pese embora todos os meus defeitos) Se o bom que também existe dentro mim De pouco ou nada positivo, a alguém alguma vez serviu Embora eu saiba que existe alguma pureza enraizada em mim Mas a mesma, nem sempre conseguiu produzir úteis efeitos Principalmente quando certos defeitos, alguém em mim já viu E alguns mesmo sabendo que eu não passo de um comum mortal Raramente deixam de duvidar das minhas boas intenções Com as quais eu visto tão solenemente o meu lado sentimental Aquele lado, incapaz de ferir ou se aproveitar de fragilizados corações.
Peço perdão… Por irracional eu não ter nascido Talvez assim… ninguém de mim duvidaria ou criticava Esta minha repreensível e genuína humana forma de ser Talvez assim… eu a tudo isto jamais alguma vez atenção prestava E certamente os meus atribulados dias, logo pacatos, passariam a ser Deixando eu de os outros ferir ou… porque não, por eles também ser ferido.
Peço perdão… E afinal… só e apenas a mim próprio Por quiçá, eu injusto comigo mesmo estar neste momento a ser Pois no meu intimo até sei que eu de todo posso não ser um simplório Mas cruel ou ardiloso, eu tanto nunca o fui, nem faço intenções de o vir a ser!
“Por muito grande que seja o nosso guarda-chuva jamais o mesmo evitará que, algumas gotas de chuva acabem por nos vir a molhar.” (apollo_onze)
[ Escrito em Herning (Dinamarca) 23/03/10 Imagem by net - Google
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