
Mariana
Data 16/04/2010 01:13:24 | Tópico: Prosas Poéticas
| Grito por ti nas horas soltas do tempo. Não te ter causa-me dor por dentro, Onde me encontro sozinho quando me percorro. Adormeço a ansiar que me agarres de vez Sabendo, agora, que essa luz me é proibida. A tua luz, sempre reluzente, mas difícil de alcançar. Vejo-te poema de horas tardias, Que escrevo com desespero por estares tão longe, Onde as palavras se confundem umas com as outras, Seguidas pelas anteriores que te quis dedicar e As próximas que não sei se deva escrever. Construo-te em versos e rimas Que fogem, entretanto, não sei bem para onde Por entre os meus dedos, a caneta e o papel. És memória da minha lembrança e afogas o meu pensamento No teu inebriante cheiro. Choro, pobre e sozinho, esta escrita que me apetece apagar E não consigo, por estar preso à tua boca que anseio provar. Nem na Primavera as flores me trazem o pólen e a tua presença. Há ao meu redor a beleza que és de braços abertos E nas estrelas do céu se desenha a tua face. Não há outras quando te tenho no coração E a minha mão se abre à espera da tua. É esta a ferida que me arde no corpo preso E à espera que o encontres de vez.
16 de Abril de 2010
|
|