SENHORES DO MUNDO

Data 17/04/2010 12:26:30 | Tópico: Poemas

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SENHORES DO MUNDO

Quantos gritos brotaram da terra
Salpicos de sardas na foz do olhar,
O medo no espanto, a alma que berra
Armas caladas, escondidas da guerra,
Respirando a serra
Do meu revoltar.

Sinto-me tarde nas pressas
Em pedras lassas de veludo,
Engolindo e sorvendo às avessas
Rituais de gravatas e promessas,
Encenado em peças
De cinema mudo.

Que voraz este apetite grande e bruto,
Aniquilando o espreguiçar da sapiência,
Num sistema angular e bem corrupto
Lançam ao ar o cheiro de charuto,
E vestem de luto,
A inteligência.

São os senhores do mundo actual
Que falam, que mandam, fazem lei,
Decidem, regem, não fazem mal
Guiam a barca Portugal,
Para onde?
É que não sei...

Regensburg
24-03-10
Beija-flor




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