Não preciso de caixão

Data 17/04/2010 17:53:42 | Tópico: Poemas -> Desilusão

NÃO PRECISO DE CAIXÃO

Com o tempo surge o desanimo da vida
Até o corpo não resiste às mudanças da lua
E a tristeza fica em mim retida
Nem ouço os passos das gentes na rua.
A cabeça parece a mó dum moinho
Andando sempre à roda
Das coisas que se aproveitam, nem adivinho
Tudo parece fora de moda.
Assim como estes caixilhos da janela!?
E até a ribeira ao longe que avisto por ela.

Trago secos meus gestos
Um mar dentro da minha cabeça
Do meu sol, já sobram os restos
Fecho a janela antes que adormeça.

Choveu no meu corpo inteiro
E de lama desfeita me deito
Olho a última vez os pássaros, respiro da giesta
o cheiro...
Deito a memória no lastro do peito.

Uiva o vento com alguma intensidade
As gentes vivem num arrastar pesado
Arrastam-se numa pesada saudade!?
Que do presente nada possuem, só o passado.


Por que há-de a Vida condenar-me
Até sonhando me traz inquietação
Há-de vir a morte roxa pegar-me!
Pois me entreguem à terra, não preciso de caixão.

Rosafogo
Este poema vai a concurso na camara de Niscemi
província de Caltanisetta Secilia - Itália

Non ho bisogno di una bara!

Con il tempo il scoraggiamento della vita
Fino a quando il corpo non resiste mutamenti della luna
E la tristezza in me viene mantenuto
Né sentirei i passi della gente per strada.
La testa appare come un mulino di macinazione
Sempre a girare
Approfittando delle cose, non indovino,
Tutto sembra fuori moda.
Poiché queste incornicia la finestra!?
Anche il fiume la distanza che le ho posto.

Io porto i miei gesti secchi
Un oceano nella mia testa
Il mio sole, dato che i detriti lasciati
Chiudo la finestra prima di addormentarmi.

Ha piovuto per tutto il mio corpo
E io di fango mi riempio, e mi addormento.
É l'ultima volta che guardo gli uccelli,e il respiro l'odore dei fiore...
Sdraio la memoria nel pavimento del mio petto.

Vento ululante con una certa intensità
Le persone che vivono in un trascinamento pesante
Creep in una nostalgia pesante!?
Che non hanno niente di questo, solo il passato.


Perché la vita mi condanna?
Anche sognare è preoccupante
Verrà la morte viola a prendermi
Quindi mi libererà a terra, non ho bisogno di una bara.

Rosafogo

Vai a concurso de poesia na Câmara de Niscemi
na província de Caltanisetta na Secilia- Itália.

Para o meu neto Giuseppe Lombardo


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=128735