Quente? Era meu corpo que foi cortado rente. Antes eruptiva lava em vertente chegando ao porto petrificando ao mar inutilmente.
Quente? Era minha boca em tua pele,macia ansiando ao raiar do dia despertando fria serpente.
Quente? Era o pedido Sussurrado, eloquente:
"Ama-me! Sou tua, sou gente!"
Quente? Era a lágrima brotada em poesia impaciente, escorrida incoerente Em uma face anestesiada que já não sente... Que chora a volúpia que se demora não vai embora, insistente!!!!
Quente? Era meu corpo sem-vergonha, inocente, embriagado da água ardente desta paixão inconsequente Que tira o ar deixa-me prostrada ressaqueada, senescente enquanto litinifica meu coração, lentamente.
Quente? Era a febre delirante, demente que senti no dia que me apaixonei loucamente Mas como burra Julieta morri, envenenei-me precocemente!
Quente? É tudo que se passa apenas na minha mente ou esta lembrança baça que permanece muda, silente.
Porém quente, ainda quente...
(maldita, vã, serpente, e sua maçã suculenta, atraente...)
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