Condenado

Data 18/04/2010 16:03:33 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Matem-me,
Matem-me que sobro à vida
Foi o poema que mais vezes te li
Num rasto de verso quebrado
Desagua perverso e não basta
E é delito de escrita, de verbo dão
Entre sobras de restos
Abastado tártaro, nasces de composição
Prato de cinzas, estrada esmadrigada
Lambes, salivando o mais impuro cão
Matem-me,
Matem-me que sobro à vida
Foi o poema que mais vezes te li


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=128854