FERNANDO PESSOA (para) - NADA -

Data 18/04/2010 21:10:07 | Tópico: Poemas

A Fernando Pessoa, meu poeta amado



Eu nem sei porque perco o enleio,
entre o fim e um outro recomeço,
se sou meu eu (também o avesso)
e, sem um freio, de tudo descreio.

Fluíndo só, feito um rio em seu veio,
há momentos em que me esqueço,
há horas em que mal me reconheço
e tem mil vezes que me pego alheio.

Cheio, ah...eu tapo meus ouvidos
às ordens que me impõe o mundo,
e não escuto mais os seus ruídos.

Olvido que apenas suporto a estrada,
que é mágoa/é dor/tédio profundo,
neste meu Ser que é tudo - e é Nada!

***
Silvia Regina Costa Lima
23 de março de 2010

****
Publicado no Recanto das Letras em 12/04/2010
Código do texto: T2192017

http://recantodasletras.uol.com.br/sonetos/2192017
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