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Data 20/04/2010 21:12:41 | Tópico: Poemas
| Abro a boca Escancarando-a ao mundo Estico o peito num gemido profundo
Se te parece coisa pouca Espreita o meu caminhar vagabundo Desnorteado pelas valetas Onde apodrecem os loucos Aqueles a quem chamam poetas De coisa nenhuma, vestem-se de arestas Polidas com lágrimas e ouvidos moucos Escrevem, escrevem sem artefactos Parecem não saber que a escrita é besta Que parte apressada em linha recta Acerta no alvo, e nos lábios Entre-olham-se risos e choros Nos lábios de um poeta louco Não adormece palavra
Abro a boca Escancarando o pensamento Deixem-me rir feito louca Daquilo que escrevo e lhe acrescento.
Antónia Ruivo
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