Amor amor

Data 21/04/2010 19:50:56 | Tópico: Poemas

O poste aceso na noite sombria
Debaixo da marquise deitado a espera de luz
O cabisbaixo bêbado, sonhava feliz
Era o tempo de amor, amor
Os olhares flutuavam e as pernas tremiam
O gosto da cerveja diluidamente sóbria
Quanto ao causo do desalinhar as blusas,
Eram todas sempre musas
E da vida, cedeu a tudo, flores, diamantes, viagens, carros, apartamentos,
Mas a bebida, sua lida, foi-lhe tirando até as malas de couro,
Vendidas no último inverno rigoroso,
Não lhe faltava nada,
O amor sólido drenado, ao sabor da cachaça
Fez a desgraça de vida dar a partida,
A paixão fluiu com os raios de luz da manhã mal dormida,
Acorda mendigo, vai fazer ponto no porto do outro
Fora daqui, havia uma lembrança de amor.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=129384