ESTRANHO AMOR

Data 03/09/2006 02:41:01 | Tópico: Poemas -> Amor

O estranho que mora em você
Não vê que o espelho é cego.
Sua mente é ampla mas seu viver fechado.
Não pôde amar sem vergonha,
Sem descrédito,
Um amor sem mancha e sem medo.
Comparou-me à mulher sem brio
Sem ousar francamente afrontar-me.
E eu não vi finalidade em inútil interesse.
Você, um homem tímido,
Visivelmente embaraçado,
Possui também
Sua própria maneira de sofrer.
Seu amor é incoerente, não manifesto,
Sem suficiente seriedade.
Nossos lábios se chocam!
Morno é o seu abraço
E seu carinho fertilizante
Para o sentimento que me nutre.
Não há falha no julgamento:
É uma alegria criminosa.
Antivalores espreitam-me,
Prendem-me, inconsequentemente sua,
Num abraço que nem acalma, nem aflige.
Estranhos momentos, amor descompassado.
Nossos lábios se chocam!
E ficamos sem saber
Se é aqui que devemos nos separar
Ou se é justo aqui
Que nos encontramos.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=1295