SONETO PARA MARIA LUCIA

Data 03/09/2006 03:00:00 | Tópico: Sonetos

Na proporção exata do desejo
Tanto quis, tanto perdeu.
E você agora, pelo que vejo,
Chora um bem que nunca foi seu.

A rejeição tão rudimentar
Foi um punhal imaginário
Que ao invés de lhe matar
Abriu seu coração solitário.

Tristeza nos olhos cor de esperança
É o que lhe resta agora como herança
De um homem que só desapontava.

Um homem cheio de adeus
Que partiu, Maria, com os seus,
Sem nunca dizer que lhe amava.


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