
POR SOBRE AS FALÉSIAS DE MÁRMORE
Data 25/04/2010 16:17:55 | Tópico: Poemas
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Nas falésias de mármore o mar recua no seu ímpeto inicial e em grandes vagas torna ao mar aberto, quais cavalos de espuma.
Nascem redemoinhos e o mar altera-se, passando dum azul claro para um azul-escuro, que das profundezas vem a ira da revolta.
No cimo das falésias de mármore rasos arvoredos crescem juntamente com algumas árvores anãs, e a todo o comprimento vêem-se planícies.
Cavalos selvagens percorrem-nas de uma a outra ponta crinas soltas ao vento lembram a liberdade de seu trote.
Nas falésias de mármore o vento faz casa e uiva à noite, quando as estrelas estão escondidas e a lua é um infante navegando oceanos intemporais.
Os animais dispersam-se por sobre as falésias e dão um ar sobrenatural à paisagem marmórea que esconde velhos ritos antepassados.
Podem-se observar milenares gravuras inscritas no mármore destas falésias que o mar não corrói e o tempo faz perdurar no tempo.
Nas falésias de mármore o mar detém-se e recua, voltando ao oceano em ondas crescentes de ira por não poderem nada contra as falésias.
No cimo das falésias de mármore de tudo sou leigo observador, efusivamente vejo as forças em confronto donde saem vitoriosas as rochas escarpadas.
Jorge Humberto 24/04/10
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