
A LANTERNA APAGA-SE
Data 25/04/2010 19:08:10 | Tópico: Poemas -> Esperança
| A LANTERNA APAGA-SE
-Que os Deuses o acompanhem, irmão E os ventos o favoreçam
-Honrem-no os fazedores das estrelas E as giestas floridas da nossa terra
-Cordialidade esta do nosso trato, irmão Rejubilo e sensibilizo-me com ela Que essa cordialidade expresse o sentir dos nossos filhos Que prenúncio de Mundo Novo traduzirá
-Subscrevo caríssimo irmão o seu pensar E deixe que lhe diga que novos caminhos Estão a semear estrelas no meu sonhar. O que está a passar-se não parece Mera obra de homens, o que me diz?
-Tudo o que posso dizer-lhe e num pasmo Que germina dentro de mim desde a aurora É que no início do meu caminhar E vastas léguas tenho para andar Cruzei-me com estranho homem De tez morena ares de caminheiro Homem do mundo inteiro Para quem a humanidade Sonho se tornara
-Curioso companheiro amigo Do fundo da minha verdade lhe digo Com esse Alguém também me cruzei E os olhos ao céu eu levantei Pela grandeza que nele vi E que comigo acabava de se cruzar
-Não me diga que esse homem Segurava na mão uma lanterna Mas que não iluminava Que o pavio se esgotara
Ao ver o ar de assentimento Fez-se luz no primeiro Ao saber que irradiava Do homem da lanterna apagada Um ar de felicidade incontida
-Diogenes é esse homem, caro irmão Para sermos felizes temos hoje boa razão Essa criatura é profeta e sonhador Algo de importante ele procurava Nem mais nem menos um Homem Pelos vistos, pressinto agora Das entranhas do meu ser, que sonho estranho em mim mora Que Diógenes era mesmo esse Homem e que Se se apagava a lanterna É porque encontrado estava O Homem que procurava
-Os Deuses ouviram a prece desse nosso irmão E um mundo novo vai surgir das trevas
Antonius
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