ASSIM NASCE UM VERSO...

Data 25/07/2007 21:10:47 | Tópico: Sonetos

"Para quê ser asa quando a gente voa,
De que serve ser cântico se entoa
Toda a canção de amor do Universo?
Para quê ser altura e ansiedade,
Se se pode gritar uma Verdade
Ao mundo vão nas sílabas dum verso?"
(Florbela Espanca)
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Quer existir, pela ilimitada utopia?
Verso meu, de poemas inconjuntos,
De explosões d'amor nas minhas sinas,
Ama em todas as vocações do mundo!

Amo o caos, que habita meu imaginário,
No inconsciente peito em delito,
Versos que pari em lumes enredados,
São meus e de ninguém, soltando o grito...

Na passividade da esperança remota,
Meu verso corre em girassóis no cio,
Mais, que uma elite em mim, ele sonda...

As quimeras mais castas do meu destino,
Nos trigais, colhi os oiros exaltados,
E bebi meu sangue em versos líricos!



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