O CENÁRIO

Data 30/04/2010 22:55:29 | Tópico: Prosas Poéticas


Lá fora, o brilho opaco do silêncio. Vejo duma sala empoeirada de sonhos, o contorno provável do arrependimento. E folheio os confins da memória para exaurir de mim todas as culpas; todas as passagens e todos os retornos sem abraços. Vejo da sala da minha memória tantos sóis sem aquecimento. Tantos lamentos e canções que nunca o meu peito teria condições de soltar. Sinto-me presa às presas que tenho. E como garras gastas, não se apegam mais às velhas emoções. E dentro de mim tudo é o nada! Teria um cenário justo ainda por ver?


Ledalge, 2010




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