Data 01/05/2010 14:12:57 | Tópico: Poemas -> Introspecção



Numa nuvem gasta de matéria palpável
Na embriaguez constituída do poema
a boca da flor idílica

como manter o silencio de sábado de manha
no regresso a casa
e cair contra o rosto
e deixar a pele descansar

estender-te contra as paredes do peito
vazias só

-a inutilidade tombou sobre o corpo homem
nos ombros cansaço
como companhia deitado
sobre o olhar ébrio
e escreve
com as palmas das mãos mortas
o suor das coisas tristes


esta agonia de envelhecer depressa
querer envelhecer depressa a pressa
de envelhecer a pele a carne

havemos de lá chegar
no vidro suicídio
e gritar a morte dos ossos só
para que sejas esquecimento













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