«« O Sobreiro ««

Data 02/05/2010 22:37:38 | Tópico: Poemas

Olho a rua pela frincha entreaberta, ali
Onde os homens descansam dos fardos, está
Uma sombra que abraça, mesmo agora vi
Os homens abeirando-se da sombra que está

Rindo do sol que teima e quer queimar
A tez morena dos homens do campo
Por entre a sombra brilha um pirilampo
Em cada luzerna que chega a bailar

Por entre os ramos do velho sobreiro
Um breve zum-zum com o deslizar do vento
Olhei pela frincha da porta um momento
Extasiei meu olhar num sobreiro altaneiro

Antónia Ruivo


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