Resgata os meus...

Data 06/05/2010 18:01:44 | Tópico: Poemas



Quase sempre perdidos
Quase sempre enganados
Perdidos, na escuridão
Enganados, pela imaginação

São da cor do céu
São como um denso véu
Céu, de uma infinita timidez
Véu, de uma incontida avidez

Neles existem segredos
Neles lêem-se medos
Segredos, de amor e paixão
Medos, das entranhas da solidão

Eles por vezes são objectores
Eles tantas vezes são desertores
Objectores, de uma consciência irrealista
Desertores, de um certo querer elitista

São como náufragos numa ilha
São como parte de uma partilha
Ilha, de mistérios desconhecidos
Partilha, de tantos sonhos perdidos

São meus…
São iguais aos teus
Meus, silenciosos e humildes olhos
Teus, profundos e fascinantes olhos

São os teus
Que os meus…
Te pedem para hoje os resgatares
Te pedem para eles sempre olhares!


“Os olhos são a janela da nossa alma e quem por eles ousar espreitar quiçá, dentro dela (a alma) muito de si, poderá lá encontrar.” (apollo_onze)


Escrito a 05/05/10 em:
Puttegarden(Alemanha)
Postado em:
Ebeltoft(Dinamarca)





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