
B R I S A
Data 08/05/2010 01:22:36 | Tópico: Poemas
| As folhas da minha poesia, num repentino esvoaçar, foram surrupiadas pela brisa que assobiava na madrugada. E lá se foram elas impassíveis, levadas por esse sopro suave decerto a outros portos sonhadores, cavalgando o espaço sereno, rodopiando como papel picado. Do meu coração ao rabisco, da alma aos contornos traçados, poema enveredando sem rumo carente de singeleza e deslumbre porém na sua simplicidade sonhava e pincelava fantasias cândidas. Aonde irão esses instantes poéticos, em que lugar aportarão cansados de voar? Deleitarão quem os cantar ou serão ignorados pelos olhos endurecidos dos insensíveis? Quem os encontrar nessas folhas dispersas, por favor pendure-os nos bicos dos beija-flores e nas asas multicores das borboletas.
Gilbamar de Oliveira Bezerra
|
|