
Arquitentando
Data 08/05/2010 19:30:07 | Tópico: Poemas
| Ah louco estúpido Vadio e seus espamos De poeta salgado Fedido como vulva e mar.
Ah louco eterno nobre Aristocrata das migalhas Sultão esquálido sob a ponte Pianista sobre sua heroína.
Quantas vidas vives Quantos mundos conheces Vais além da opinião És processo de formação Inevitável alienação.
Se fosses doutro mundo Ao aqui chegar Certamente diria dos cheiros Esta terra é feita de trigo É feita de leite e lombo de vacas.
Se fosses doutro mundo Diria dos cenhos São todos infelizes E só poucos sabem o dissabor Da profana profunda noção de realidade.
Ai realidade fraudulenta Escravizadora ladra Usurpadora realidade inquebrantável Ai planeta óbvio e incompreendido Tuas esfinges já não atraem Ninguém lasca mais o mármore Esculpindo a verdade dolorosa.
Ó santo falastrão Truculento e suculento Quente e úmido como jazes Inerte e comprenetrado Em teu quintal aloprado Como repousas ardente E mudo Vendo as estrelas correrem As estações reciclarem.
Ó ignóbil inútil De punhos soltos e dedos leves Batedor de carteiras Podias ser o beethoven renascido Mas viciaste-te no cômodo Amaste demais à ferramenta E te esqueceste do crucial.
Esqueceste-te De que cimento e tijolos Enxadas e bricolas Em lugar algum chegam Sem planos pormenores Sem a benção tranquila Da atenção que ilumina.
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