DO PLÁGIO
Data 09/05/2010 11:32:02 | Tópico: Poemas
| Plágio é uma palavra bonita, musical, soa bem. Mas todos nós aqui sabemos que plágio é crime. Plágio vem do latim plagium e consiste em copiar a obra de alguém. Pois foi exatamente o que o senhor João Marino Deslize, digo, Delize fez ontem. Deslizou e se lambuzou todo em cima da obra de um dos maiores poetas brasileiros: Carlos Drummond de Andrade.
Asseguro-lhes que não é a primeira vez que este senhor faz isso. Há uns dois anos surrupiou trechos do poema O Dia da Criação, de outro notável brasileiro, Vinícius de Moraes. Claro que o plagiador tem bom gosto. Surrupia sempre versos de poetas excelentes. Mas, com a cara mais lavada do mundo, quando denunciado diz que não conhecia o poema, peça de seu roubo, e atribui o fato à coincidência. Dessa vez, se vocês lerem o poema, se é que se pode chamar poema, Mãe não deveria morrer, do senhor Deslize, perdão, Delize, estou digitando errado, verão que os quatro primeiros versos são coincidentemente idênticos ao poema Para Sempre, de Drummond. No meu comentário, postei o poema de Drummond inteirinho. Mas leiam logo antes que ele apague e eu passe por mentiroso.
Claro que existe,no espiritismo, a psicografia. Parece que um brasileiro, Chico Xavier, que cheguei a entrevistar como repórter, foi um dos maiores vultos na modalidade, não sei se é este o termo correto. Chico Xavier publicou mais de quatrocentos livros e nunca recebeu um único centavo de direito auitoral, dizendo-se apenas um serviçal das entidades que se valiam dele para escrever.Muitos foram poetas famosos, como Castro Alves, por exemplo.
Talvez o senhor Delize tenha esse dom. Do contrário, ele não me parece mau caráter, mas um sujeito simplório, sinto pena. O senhor Delize deve submeter-se a um tratamento mental rigoroso. Ele é um cleptomaníaco das letras. Não sei se tem tratamento. Não sei se existe remédio para falta de vergonh na cara. Infelizmente, é brasileiro.
Júlio
|
|