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Data 11/05/2010 09:22:03 | Tópico: Textos

dueto com nvidal.






se abrisse os olhos ao vento e descobrisse neles o corpo. se assim ficasse parada no deserto feita ave. voasse longe com o tempo pelas memórias adentro até encontrar o lugar certo de se perder, de atirar o corpo ao caos na síntese de um beijo. se o encontro do nada pairasse nos meus membros cansados de olhar o infinito nos teus olhos. se a verdade do mar transformasse tempestades em bonanças no meu interior e livrasse a minha embarcação de tristezas do naufrágio de te perder. se então findasse a ânsia de perder-me, sal, se então chorasse e dentro lhe ficasse o mar. se então batesse no rosto no cabelo o medo e ali estivesse e assim voltasse o riso, o coração. o coração. se assim abrisse o corpo no peito e lhe caísse ele ao chão.enrolar se lhe iam as raízes do teu ser no meu, estendendo o nas areias da praia coberta das algas fecundadas pela intensidade salina do nosso húmido siso transformado em riso. sim. o mar. amar. a brisa carregando marítimas gaivotas nos desertos das nossas mãos esvoaçando choros ausentes do peito aberto abraçando o afago das pérolas enleadas nos teus cabelos de grinaldas de búzios soprando te canções relembradas no fundo do interior do meu desejo. o encontro. sim. já não há medo. beijo.









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