Fado do Vadio

Data 12/05/2010 20:55:56 | Tópico: Poemas


Não sei se te digo
No revés que me atravessa
Nem sei se to cantei
Em jeito de promessa

Toco-te pontuado
Por virgula e reticencia
Em baralho onde o trunfo
É a tua paciência

Meu jeito de te tocar
É meio distraído eu sei
Derivo-te a um ponto final
Em estrita escrita de lei

Afago a memória do teu toque
Até daquele que nunca me fizeste
Planto-te a interrogação
No travesseiro em que me quiseste

Nesse em que me esperas
Noite dentro, dia fora.
Aurora morna que madrugas
À espera da minha hora.




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