
Manifesto sobre a acção
Data 15/05/2010 11:00:45 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Mesmo que os sonhos nos cultivem Em seguir em frente A realidade é sempre dura Quando o verbo amar Não é presente.
A palavra é só Mera distracção descritiva É sem acção Eternamente efémera E serva do tempo.
Não vês o destino delas Nem ligas às sombras desse passado Já esquecido.
O Império das acções São sempre cordéis Esperamos pelo mestre das marionetas Para nos laçar por entre estradas e caminhos De frente com a Sorte Chamada de Felicidade.
Mesmo que estejamos em rotas diferentes (das acções) Vão-nos crucificar internamente Pelas não decisões que não tomamos.
Não poderíamos agir, nem reagir, Sem acção, Sem motivação, Sem paixão. Mas não agir ao nosso estímulo interno É massacrar o espírito Por Se’s e suposições de rosas de espinhos, Urtigas de castigos Ou cardos cravados no peito.
Deixamos as inquisições tomarem O nosso meio de agir Deixamos que o ser adulto Nos mata o sonho da Rosa Deixamos que a acção A serva do tempo Tornar-se madrasta da tortura E não nos lembramos O que uma criança faz Quando vê um novo mundo: O que fazer hoje Para Eu me divertir?
Deixem de agir em passados presentes Reagem ao manifesto futuro do agora Do Momento E libertem as sementes dos sonhos Como agricultores de penas Em cultivar acções vindouras Nas mentes que ainda não despertaram Para a vida da reacção.
Agir ou ser escravo do tempo É a decisão que nos marca No meio do mar Das cearas da sociedade.
Sejamos lavradores!
Leiria, 8-5-2010
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