Canto louco de (novena)
Data 16/05/2010 10:47:08 | Tópico: Poemas
| Canto louco! Eu escrevo Pela ternura da emoção E talvez me sinta bem Se cantar sem alegria Quem sabe se a tradução Que se excede, dia a dia Como as coisas que escrevo E não são lidas por ninguém.
Canto louco! E disperso Pela ousadia do pensamento Que solto anda e pendido Nas loucuras deste universo Que eu trago dentro de mim Como se fosse um tormento Que anda a gemer assim De tão louco e perdido.
Canto louco! Sobrenatural Escondido ou curvado Como torta eu me deslizo Com liberdade e anseio E o rosto trago tapado Mas quem sou eu afinal Se fraquejo, vejo e leio Meu pensamento no paraíso.
Canto louco! E estremecido Pelas sombras da floresta Dispersas palavras que ajeito Para as emoções dos costumes E para o mistério devido Que tem tudo o que nos resta Até os malditos ciúmes Que fazem faltar ao respeito.
Canto louco! E diverso Que me eleva em tradição Para as dunas do amor Andas sentido e disperso E tão cheio de confusão Mas pela ternura do meu verso Cheio de encanto e submerso Contêm para mim mais valor.
Canto louco! E submisso E arrastado pela fadiga Para o universo da escrita Como se fosse um amigo Que desfaz um compromisso E por muito que nos diga Às vezes não se acredita Mas canto este canto contigo.
Canto louco! Louco e cheio De espuma da corrente Eu leio-me de cor e sozinha Mas a brisa, solta e boa Que me bate por anseio Mostra muito à outra gente Pela vontade que me voa Nesta verdade que é só minha.
Canto louco! Cheio e louco E sem falar mal de mim Mesmo quando vou enganada E no silêncio mau e triste Já sem amor, ou muito pouco Ou quase a chegar ao fim Se a paixão já não existe Eu canto muito para nada.
Canto louco! E desvairado A cantar e a chorar a sério E não é o caminho ideal Mesmo a conter leveza e calma Quem desvendar o mistério Terá de ser rico e louvado Ou jaz na minha alma Como um canto imortal.
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