Lavo as insónias

Data 16/05/2010 14:07:12 | Tópico: Poemas -> Amor

















Abrigo o meu pranto
no marejar mudo das rochas,
onde florescem as giestas
num preludio primaveril

Lavo as insónias
no relento das madrugadas
que chegam arrogantes
ao relevo do meu corpo febril

Descalça, trajo-me de sal,
e o reflexo do meu olhar
perde-se
no enrodilhar tumultuoso
das sensações
vazias de aridez

Deixo-me sucumbir
ao silencioso cantar frenético
dos pássaros,
aos afoitos raios solares
e perco-me nas encostas de ti.

Escrito a 15/05/10



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