Aquieto-me...

Data 16/05/2010 22:09:02 | Tópico: Poemas

Soltam-se gotas prateadas dos luares de um tempo
trasfegados entre o brilho das estrelas
desenhando-se no céu as asas isoladas pelo momento
das muitas madrugadas caiadas e belas.

(Aquieto-me no silêncio do olhar…)

Escorrem rios nos teus ombros onde me refresco ausente.
Perco-me assim no suor do teu corpo
gotejando,
pedaços de mim, nos contornos do teu ventre.

(Aquieto-me à beira de um sentir…)

Depois cresço, naquele (a)mar onde toco o horizonte,
quente,
e num impulso, mordo o sol em tom de atrevimento.
Crescendo-me também, insistentemente,
o livre sabor do esquecimento.

(Aquieto-me pelo sabor do sonhar…)

Das rosas vou sentindo o perfume destilado
pelo vento que embriaga e entontece.
Das manhãs, o cheiro da volúpia em corpos manchados
pelo aroma intenso que enlouquece.

(Aquieto-me com o cheiro da saudade…)

E há palavra retorno e retorno
beijando-me a brisa num momento de prazer.
Neste sentido único, nesta força imensa…
…nesta alegria de ser Mulher.

(Aquieto-me para sentir a alegria do poema)




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