VIDA TÃO ESTRANHA

Data 17/05/2010 14:13:29 | Tópico: Poemas

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VIDA TÃO ESTRANHA

Tudo começa onde o tempo nos ensina
Numa partitura secular e bem formada
Uns chamam-lhe vontade, outros doutrina
Mas desconhecem a razão apropriada.

Ensaboam as cabeças com nulidades
Tentam com fintas, encenar a sapiência
Reles herança ou chacota das vaidades
Arrastando para a lama a referência.

Invade-me a iníqua percepção
Neste abismo rude e sedentário
Pés descalços procurando firme chão
Num chiar equívoco e ordinário.

Eu tanto queria e me julguei talvez melhor
Por salivar ávido, as folhas do saber
Sinto a censuro nos meus olhos, o rubor
Livro timbrado, que não sei se vou escrever!?

Regensburg
16-05-2010
Beija-flor



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