
Da Cisão
Data 18/05/2010 04:32:03 | Tópico: Poemas
| Lá fora não se sabia Se fazia sol ou se chovia.
Aqui dentro ele de canto Soslaiava o belo grupo Que se fartava à mesa.
Mas o indigesto O improvável Não eram pratos Sim espelhinhos Não era de comer Era de cheirar.
Por longos momentos Ele testemunhou quieto.
Os rapagotes e moçoilas Da mais culta estirpe Mergulhavam na poeira.
As testas e as gengivas Flageladas de pureza Da brancura tóxica Alinhavam carreiras Diziam estou aberto Mas iriam se fechar.
Enfim ele exauriu Não pôde mais olhar.
Foi à mesa curto e grosso Se quiserem saber de mim Sabem onde me achar rugiu.
Lá fora Se chovia Ou sol fazia Pouco importava Ele não tinha pressa Estava fazendo por merecer.
Chegara a grande resposta E ela pouco ou nada dizia.
Adestrava-se a ambição Era tempo de cuidar do jardim Abrir a ducha pras borboletas banharem.
Tinha dia Não era fácil Mas com coragem Se se ajudava A inteligência Vencia.
O sonho Se impõe Prensa a gente Na parede Dorme nú com a gente Sem transar.
Seu compromisso inadiável Era com a honesta confissão E no fim ele soaria trejeitoso:
- I had To go see About a girl.
Aos que aqui chegaram com interesse, um grande abraço! É nosso trabalho abraçar-vos em imaginação por um instante, pra que as palavras venham com toda força do mundo!
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