«« O Soneto que não é Soneto ««

Data 18/05/2010 23:00:24 | Tópico: Poemas

Sentada sob o céu estrelado oiço
O vazio que habita em mim, sublime
Daquele que sem saber o desejo oprime
Sentada sob o céu estrelado, escrevo

Aquilo a que chamo poema inacabado
Um soneto na palma da minha mão
Exige que o deixe voar, mas a minha razão
Roga, que o deixe dormir, inebriado

Pelo brilho das estrelas, aconchegado
Pelos poetas do passado acarinhado
Pela métrica, e pela rima lado a lado

Mas na minha vaidade ignóbil tento
Atirar as rimas ao cume da imperfeição
Acaba de finar um soneto na minha mão.

Antónia Ruivo
Um soneto para ser soneto, tem que ter rima e métrica não esquecendo as estrofes

Conforme o numero de silabas poéticas, assim serão classificados os versos do soneto
Uma sílaba - Monossílabos
duas sílabas - Dissílabos
Três sílabas - Trissílabos
Quatro sílabas - Tetrassílabos
Cinco sílabas - Pentassílabos ou redondilha menor, com acento na segunda e quinta sílaba
Seis sílabas - Hexassílabos com acentos na 2ª e 6ª sílabas
Sete sílabas - Heptassílabos ou redondilha maior com acentos na 3ª e 5ª sílaba
Oito sílabas - Octossílabos ou sáficos com acentos na 4ª e 8ª sílabas
Nove sílabas - Eneassílabos com acentos na 3ª, 6ª e 9ª sílabas
Dez sílabas - Decassílabos
Onze sílabas- Hendecassílabos ou datílicos com acentos na 2ª, 5ª, 8ª e 11ª sílabas
Doze sílabas - Alexandrinos ou dodecassílabos com acentos na 6ª e 12ª sílabas

Os mais divulgados são os decassílabos existindo entre eles várias variantes de ritmo.

...............
Aos poucos irei falando da construção de sonetos.

Este é um poema e nunca um soneto.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=133293