NO BAR

Data 19/05/2010 09:19:57 | Tópico: Poemas



ao alexandre onn'eill, que eu gosto tanto.

todos aqui aprendem desde cedo
a conviver entre a fumaça e o sono
e são de si o próprio arremedo
do cão vadio órfão de seu dono

trazem nos bolsos luas de brinquedo
fazem descaso do próprio abandono
da boca de um escapa um verso azedo
outro quer verão em pleno outono

alguém tropeça no tropeço alheio
a mão pesada acerta um rosto em cheio
e voam copos cadeiras e mesas

não tarda a calma volta de repente
no prejuízo o que ficou sem dente
brinda à saúde das suas tristezas

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júlio


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