Sóbria de mim

Data 23/05/2010 14:13:52 | Tópico: Poemas -> Sociais

Vá lá alguém fazer de si próprio confidente
Dar um voto de confiança à propria sombra
Há uma instância onde corre um grito infecto
alma ou comarca que atraiçoa toda uma esperança

Já me evadi, sou foragida, fora de lei
faço valer a minha voz aos quatro ventos
Essa sou eu, sem máscaras, sem subterfúgios
Resido só no vale da alegria e autenticidade
no respeito por mim mesma e pelo alheio

Se saio ilesa de tamanha mesquinharia
da subtileza das palavras vãs e amorfas
É porque não me importa a imagem que têm de mim
tudo o que eu quero, é ser sóbria de mim
e ler a paz nas alegações finais
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal



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