Versos confidentes

Data 29/07/2007 10:26:25 | Tópico: Sonetos

Talha-me os pensamentos, oh meu doce amar,
com tristes loucuras que sei não poder realizar.
Deixa-me escrever nos meus versos confidentes
as palavras que não te digo por estarem doentes.

O veneno raro dos teus lábios frios e inconscientes,
ouviu tantas vezes minha boca derreter em confidências
beijos loucos, nostálgicos, mas de amor tão indulgentes
sobre os desejos que se apressavam em letargias de urgências.

Em cada verso que os nossos corpos se fundiram,
fui tua, foste meu, fomos Nós, quando num só se uniram
como confidentes sem mágoas, entregues ao suplício.

Logo depois, matei a minha alma seguida do meu corpo...
Em cada poema que compus, de amor já tão morto,
guardei-te dentro da imaginação de um poema fictício.


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