Crónicas da tiã Alzirãaaa ( A pála de Camões )

Data 25/05/2010 23:45:34 | Tópico: Poemas

A ti Rozã, coitadita ajuntou uns patácos e foi passari fériãs, ali pós lados de Penichî, hum, elã nuncã tinha visto o mari, pois, nã querê lá ver, assim que lá chegô dê di carâs com o cumpadri Jaquim, abraçarâ-se tâto mas tâto, que o côtado ficou com uma costélâ alî pós lados da flâcos mêio dêslocada, bom, mas aquîlo passô, o piórî foi o ti Jâclino, nã gostô nada da bricadêra, e disse naquelí vozerão de homi inganado, minhâ cabrâ, intâ nâ quèri lá vêri a magana, agarrada ò cumpadri, mas lá forum a bânhos.
A ti Rozâ intrô na iagua tôda arripinada tadinha parcia uma galinhâ dipinada, mas ódepois gostô tâto mas tâto, que a praia já tinha féchado e elã nâ arredava péi, foi preciso vir os homis lá da pescã para a tirar di dêtro diágua com o trátori, e sabêm porqêi porque elã assim qui entrô na iagua achou uma côsa no fundo do mari, pois, nada mais nada mênos que aquelã côsa qui tapavã o olho ao Cámões, o ráio da pálã, vejã lá vocemecês tava intêrinha, tinhâ sido o magano de um irmâ alê mari quì a tinha guardado e ênviôa numã agarrafã, atão vocemecês nã sabiam que o Camões tmém disbravou ôtros mundos, pois clárû, bom adiãti, elã ao achari a côsa ficô qéta só abriã e fechavã a bôca, é qui agarradã á pálã istava umã minsagem qui diziã, a quê achari está pála peço o favori di présservári a linguã mãe, ó vócês pênsão qui tivi tânto trabálho prã nadã.
Agorã digã-mi lá vocemecês como é que a côtada da Rozâ cunsegui pêrservar algumã côsã elã aindã falã piori qui eu….


A sagã côntinua…..

Pensavãoo quê tinhã morrido....nãa fui a bãnhus pás têrmãs...



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