 
  
    	«« Alma penada ««
    	Data 27/05/2010 18:35:10 | Tópico: Poemas
 
  |  E agora !! Querem-na calar e ela chora
  Perdi a inspiração Numa estrada qualquer  Se escrevia bem ou não Não me ralo nem quero saber
  Não me ralo nem quero saber De opiniões opinadas Mas gostava de escrever Umas quadras bem rimadas 
  Umas quadras bem rimadas Lá p`rás bandas do Alentejo Escrevia de tudo e de nada Mais parecia realejo
  Mais parecia realejo Nas mãos ficou uma corda Uma guitarra um solfejo Um verso e uma açorda
  Um verso e uma açorda  Foi o que restou de rompante Alguém disse é calhorda E tem fama de errante
  E tem fama de errante Por escrever na horda Assim que enche a fonte Desconhecem que a água transborda
  Desconhecem que a água transborda  Mais uma afogadela  Gritava o papel, rima solta Mais uma quadra singela
 
  Mais uma quadra singela Tanto afoguei que se foi Agora inspiração nem vê-la Minha alma se corrói
  Minha alma se corrói Queria ser trovadora Queria ser livre, mas dói  Um espinho na pele, ela chora
  Um espinho na pele, ela chora Porque o vento a quer calada Cansou-se da quadra impostora Das rimas de alma penada.
  Antónia Ruivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Porque a poesia dita menor também é poesia.
 
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