SONETO DE MÁGOAS

Data 29/07/2007 20:55:47 | Tópico: Sonetos

Minhas mágoas, as enterro com o vento,
Que soprou ao norte, sem ter guarida,
Escorreu em bátegas puras no tempo,
Sorveu as máculas desta impura vida!

E o que restou, ó mágoa minha?
Foram restos de canção em minha garganta,
Que ao cessar as lápides da minha retina,
Calaram-se perto desta vaga inconstância!

Rasgo agora, o papel e jogo ao sol,
Rasgo agora, a alma em versos doridos,
Dedos em riste, deste mundo finito...

E ao ver as mágoas mais delirantes,
Navego o barco da pura lembrança,
Naufrago a dor da minha esperança!



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