SONETO DE JÚLIA

Data 28/05/2010 04:24:45 | Tópico: Poemas

para a menina que conheci na barriga da mãe, hoje uma mulher - consagro.


flor da manhã invadiu o poema
é que me perdi nos caminhos de mim
e se vou ronco e durmo no cinema
é porque do filme não me importa o fim

não estou pra nenhum telefonema
a minha voz tão velha e rouca é ruim
tropeço na rima e fujo do tema
por que minha vida há de ser assim?

desregrada e sem qualquer noção da hora
e tropeço no escuro do meu verso
e chegando estou sempre a ir embora

fio de sonho nenhum mais tenho agora
a sós com meus fantasmas eu converso
deixo-te este soneto - e noves fora

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júlio


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