| |  
 
 Até quando?Data 28/05/2010 17:11:14 | Tópico: Textos
 
 |  | Hoje sinto-me…..  como ontem …. abri a porta a este estupor maldito e deixei as palavras acorrentarem-se, prisioneiras de um qualquer tempo, de uma qualquer dimensão longínqua, onde o silêncio déspota é opressor da liberdade de ser voz, verbo, substantivo, fonema… poema. 
 Apetece-me moldá-las, desenhá-las em pinceladas visíveis, em cores garridas, negras, translúcidas, opacas…. numa mesclada apetecível de fragrâncias odoríferas a sangue vertido, mas calo-me.
 
 Faço companhia ao estupor que me visitou e que permanece ali sentado, imponente…. ao meu lado, bebendo o néctar que me roubou, rindo-se ….
 
 Em jogos de olhares, desafiamo-nos, num desafio selvático, adulterado por circunstâncias ocultas, disfarçadas de verdades.
 
 Perco o meu querer, numa amnésia forçada, num coma induzido e deixo-o permanecer na relíquia mais bela de mim.
 
 Até quando?
 
 Escrito a 28/05/10
 
 | 
 |