QUANTAS VEZES

Data 30/05/2010 14:08:17 | Tópico: Poemas

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QUANTAS VEZES

Quantas vezes,
Rotulado de frio,
Calculista e incoerente
Matei o meu navio,
Afundando em mim tanta gente?
Rasguei do ego os tecidos
Presságio de inteligência
Fui a mentira em castigos
Capricho da tua existência
Quantos dias eu lavrei
Terra fresca em mim arada
Foram silêncios bem sei
Os que gritei
De boca fechada.
Desfiz os planos
Queimei o mapa
Bebi enganos
Rasguei a capa
Em longos anos
De zurrapa.
Quantas palavras mordi
Suspiros que não ousei
Livros que não escrevi
Poesias que nem eu sei!?.
Nas vagas deste poema
Carimbo a revolta incontida
Liberto de mim a pena
Que das penas me tirou vida.
Amor tão triste, tão sisudo
Em rasuras feitas à pressa
Hoje somos nada e este tudo
É um fim, que em mim começa.
Quantas vezes,
Sentiste o sabor da vitória
Com os prantos do meu degredo?
Mudei o rumo da história
E de ti, escoria,
Perdi o medo.

Quantas vezes?
Não quero contar...

Regensburg
30-05-2010
Beija-flor



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