Modus Operandi (2)

Data 30/05/2010 16:14:35 | Tópico: Prosas Poéticas

No papel cor de nuvem deposito um sonho bom, teu nome e o meu num mesmo poema.
Dou-me à serenidade das palavras, a um mar pequeno convertido em céu; onde escrevo a calmaria que jamais nos acometeu.
Transitamos os dois, igualmente nus, pelas linhas delgadas da nossa distância e o tempo afasta de nossos sussurros quaisquer lembranças do que já não fomos.
Deixo tatuadas na epiderme da folha asas inquietas de um gozo alcançado e nossos corpos são dois corações que se entrelaçam num vermelho só.
Termino o poema como se acordasse jazida de areia incrustada no quarto; alcanço com os olhos o frasco de opióide e adormeço outra vez sorrindo o teu gosto.






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=135156