A PEQUENA ESTÁTUA
Data 03/06/2010 17:09:17 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
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Boneca de porcelana lança sua sombra no intervalo das paredes e sua figura se agiganta quanto mais lhe dá a claridade do sol.
Ali parada assume posição hierática ante todos os pormenores de todos os outros objectos, dispostos pela galeria da casa maravilhosa.
Abajures assemelham-se a passados que não voltam mais e cobrem os livros na sua ténue luz, quase romântica, quase impar no discorrer.
As janelas estão semi cerradas prá rua e vem até nós a doce fragrância dos Nardos e Sândalos que abundam nas traseiras da casa desconhecida.
Escrevo este poema à média luz aquela pequena estátua que a sombra nivela por baixo até alcançar outro patamar, subindo pelas escadas.
E na antiga galeria máscaras grosseiras e provocadoras têm pregos na parede enquanto isso todos dormem na casa que poucos visitaram até agora.
Jorge Humberto 02/06/10
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