
AMAR TAMBÉM MAGOA
Data 03/06/2010 22:04:05 | Tópico: Poemas
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E a gota caiu O vento soprou Rugindo partiu Ninguém mais o viu Também não voltou. E a gota rolava Tão leve, dolente. A mão tacteava No vazio do nada Já tarde o poente. Partindo para sempre Na bruma cerrada. Cruzou o teu rosto Morrendo na boca E o poente já posto Selou o desgosto Duma esperança rota. Já não há razão E o grito se entorna Nas linhas da mão Nas pedras do chão Ao som da bigorna. Entoou no espanto O tom eficaz Quebrando o encanto De tudo e de tanto Que a vida nos traz E murcham os dias O riso se espalma Na dor das quantias Esgarçar de poesias Que acordam a alma. Percebemos no espaço Na rédea do tempo No cheiro a bagaço A quebra do laço Que nos ata o passo Por fora e por dentro. Outra gota não hesita Ríspida, solta-se à toa Rolando ciente, aflita Provando pura e erudita Que o amor Também magoa.
Regensburg 03-06-2010 Beija-flor
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