Setenta e cinco

Data 05/06/2010 00:23:35 | Tópico: Poemas

São setenta e cinco as palavras confusas
com que me calo de amor neste poema;
tem a cor do fogo ainda brando
- como a luz dos meus cabelos mornos –
e de mim se escondem com falso pudor,
eu que as vi já tantas vezes nuas.
São setenta e cinco os suspiros polimorfos
que se sucedem rumo ao nada, em migração.

Vai dar em solo de granito, enegrecido,
um amor disforme que não basta ao coração.



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