Leituras 5 - Júlio Saraiva

Data 05/06/2010 10:56:47 | Tópico: Textos

Afinal ainda me é possível colocar aqui o texto sobre o que tenho lido da autoria do Júlio Saraiva.

No domingo ou segunda, responderei às questões que foram formuladas, e que de facto bastante interessantes na sequência da publicação dos quatro textos anteriores, onde escrevi sobre o que li de: Margarete, José Ilídio Torres, Henrique Pedro e Egéria.

Bom!, sobre o tema de hoje: Júlio Saraiva.

Se há neste espaço uma acção poética que pode ser entendida como catarse, no sentido de libertar no poema emoções, conflitos e memórias, sem dúvida que esta tem a assinatura de Júlio Saraiva.

Mas o Júlio Saraiva vai mais longe. Aproveita, numa visão teatral esse mesmo efeito, seguindo o que Aristóteles sobre o mesmo teorizou, para como que encenar instantes, pequenas histórias que em verso nos tem ofertado, muitas das vezes com a presença constante de um eu.

Para além destes pormenores, um outro, algo que considero bastante importante, não só ao nível deste autor, mas de uma forma geral: o trazer com engenho e arte, como escreveu Camões, à mesa do poema a presença de outros autores, não só permitindo um constante diálogo com outras vozes, mas fazendo com que essas mesmas vozes sejam preservadas, isto é: há uma constante busca de memória cultural, memória essa que o Júlio Saraiva pretende viva, porque é de vida a sua poesia.


Xavier Zarco


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=135979