Apartamento

Data 06/06/2010 06:09:35 | Tópico: Poemas

Abandonei a embarcação mestra
Imperiosa navegação tive de fazer
Para lá do oceano profundo palmilhando o tempo
Sigo apenas a pujança das correntes marítimas
E mesmo em escolhida solidão ultrapasso o tormento!

Demando sem bússola um centro, um abrigo
Enxergo e medito neste mundo decadente
Um sentido para esta existência paradoxal
É hora de volver à minha alma
Salvaguardar-me do fleumático mal!

Razão de uma inteligência maior que nos comanda
Numa pluralidade apenas aparente
Em inevitável e gloriosa união eterna
Divididos estamos unicamente aos nossos olhos
Pois permanecemos em perpetuidade fraterna

Ponteiro de relógio feito de enganos
Choros de traição num inexistente passado
O futuro é apenas palavra solta por aí.
Pois o que de facto importa
É que fazemos todo o sentido
Num hino ao amor agora e aqui!




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=136110