LUAR DE SOMBRAS

Data 06/06/2010 19:57:33 | Tópico: Poemas

Debruado sobre o parapeito do luar
Como seda negra arrefecida
Risco um fósforo mudo
Acendo um novo cigarro
E deixo o corpo tombar
No dorso encardido da noite

Grinaldas de fumo baço
Esvoaçam, enredadas a meus pés,
Moldando baldios sentimentos
Em baforadas de diáfanos ventos
Que dissecam ossadas revolvidas

A braços com decadentes fantasmas
E sombras revoltas da memória
Recosto-me nas muralhas da penumbra
Enquanto meu espírito disperso
Se esgueira por entre as lacunas da escuridão



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