
ENTRE O SONHO E O PENSAMENTO
Data 12/06/2010 14:46:04 | Tópico: Poemas -> Introspecção
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Em um céu azul de azuis infinitos escrevo meu poema à beira-rio aqui não há lugar a proscritos enquanto a vela queima de fio a pavio.
Minha pena discorre sem parar na folha alva à sujeição o que eu queria era não acordar e deste sonho não ter mão.
Mas o sonho é pequeno para mim e meu pensamento a revoltar-se cria jardins de sândalos e jasmim e tudo o mais que não queira olvidar-se.
Penso como quem respira não há ilusão que restrinja o seu apogeu e se hás vezes fala a voz do coração é porque é mais forte do que eu.
Vou pela natureza a vaguear dolente paz que não é minha mas me pega pela mão quando aqui tudo aquilo que é capaz é fruto de uma qualquer frustração.
E estou em mim e não sou eu carrinho de rodas que roda sem parar só a palavra etérea me comprometeu só eu sou capaz de aqui criar.
Meu poema é findo e seu fundamento qualquer coisa me diz alegada poesia e eu vou por mim como num entretimento a chamar às noites amanhecido dia.
Jorge Humberto 11/06/10
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