EnSaio

Data 14/06/2010 16:59:35 | Tópico: Poemas

Às escuras, no Portal dos olhos, Tanta penúria, tanta Abundância
que estou pra Descartar os dias, Mas só Depois dessas Lamentações.

Romper com este Semblante Interino a que Me sujeita o Brio.
Entregar meus Pudores de Noiva, à Roxa madrugada.
Vender-me Em corpo à Lascívia dos Homens comuns;
prová-los a Todos num Quarto de hora. E Sem dor.

Deixar cair a Música do Buarque porta a Fora;
quem precisa de Afeto quando tem no Peito um coração Mutante
- uma lua Nova dentro de Outra minguante?

E ter no Espelho a vista Aérea do meu Labirinto.

Parece ódio O que Eu sinto.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=137271